A falta de "visibilidade" do público homoafetivo está sempre imersa em uma nuvem de dúvidas, o medo da exposição da individualidade sexual e o próprio auto-desconhecimento/aceitação acabam dificultando o levantamento de qualquer dado sobre "nosso grupo", desde quantos somos até um perfil socioeconômico mais detalhado.
A empresa Inserch, especializada em comportamento do consumidor, realizou uma pesquisa em 2007 e chegou a alguns dados interessantes sobre o consumidor homoafetivo brasileiro.
- "Nós" movimentamos R$ 150 milhões por ano no Brasil.
- 39% pertencem a classe A e B.
- 85% compram em média 2 Cds por mês.
- 94% lêem revistas.
Segundo o censo do IBGE do mesmo ano:
- Existem 18 milhões de homoafetivos Assumidos no Brasil (10% da população).
- O poder de consumo gay é 30% maior que os heterossexuais.
- 57% tem curso superior.
Mais curioso foram os dados recolhidos durante a parada gay do Rio entre 2003 e 2004:
- 55% dizem participar da parada por motivos políticos.
- 70% se declarou homossexual e 10% bissexual.
- 50% tinha entre 19 e 29 anos.
- 45% frequentam universidades.
- 50% são brancos, 30% pardos e 11% negros.
- 40% são gays, 20% lésbicas e 5% trangênicos.
- Os que alegaram ser bissexuais encontram-se entre os de menor faixa etária.
Bem, é evidente que esses dados são apenas um tiro no escuro do que realmente é o público LGBT, mas servem como um parâmetro para chegarmos à algumas conclusões. O primeiro deles é que o poder aquisitivo dos homoafetivos está influenciando o mercado, que por sua vez está se adaptando para atender a esse público - inclusive dando palestras em empresas sobre homoafetividade e diminuindo assim o preconceito. Até mesmo os Governos estão começando a ver o peso do "voto pink" e criando programas e políticas para atender a essa população.
Já no âmbito social, o fato dos jovens se denominarem bissexuais reforça a falta de referências e o auto-desconhecimento/aceitação, o que os leva a assumir uma postura bissexual, por ser um meio-termo entre o heterosseuxalismo e o homossexualismo, o motivo é simples, uma tentativa de se afirmar sexualmente de uma forma menos impactante com os valores passados por seus familiares, religiosos e grupos de amigos.
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