segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A empresa de pesquisas Global Market Insite(GMI), completou a primeira versão da Pesquisa do Amor, estudo sobre o comportamento e a opinião dos internautas no Brasil e no mundo quanto aos relacionamentos virtuais.
Em outro tópico do estudo os internautas do Brasil também se mostraram mais abertos sobre sua opção sexual. Apenas 1% dos entrevistados no país não responderam. Entre os que o fizeram 95% se disseram heterossexuais, 2% assumiram a sua homossexualidade e 2% se declararam bissexuais. Os internautas brasileiros entrevistados alcançaram o maior índice de relacionamento casual com intenção sexual online de toda pesquisa: 29% admitem buscar esse tipo de relação. Por outro lado, 32% preferem ir atrás de namoros sérios e duradouros - pelo menos 9% sonham em conseguir um relacionamento verdadeiramente sério como o casamento.
Pelo que se detecta no estudo, no Brasil a população virtual é bem sucedida no namoro virtual: 59% já tiveram êxito em relacionamentos online; apenas 9% responderam que não. Quando o foco da pesquisa cai no tema traição, a maioria dos brasileiros (56%) considera os relacionamentos online ou de sexo virtual como tal. Quando perguntados se já traíram alguém pela internet, 32% deles afirmaram que sim.
A maioria dos brasileiros (80%) acredita que os candidatos a namorado/a se descrevem fantasiosamente quando paqueram online. Dois terços de todos entrevistados afirmam que namoram pela internet de alguma forma. Para 45% de todos os entrevistados, o namoro virtual é importante e pelo menos 46% acertou em seus namoros virtuais.
Para muitos homossexuais a internet é uma ferramenta importante para encontrar parceiros, principalmente para aqueles que não sabem paquerar ou que preferem manter a coisa as escondidas por ter uma vida dupla - se passar por hetero para amigos, família ou até mesmo esposa e filhos.

Nossa sociedade vive uma época onde nada pode ser aprofundado, não temos tempo de parar para observar, avaliar, respeitar o tempo das coisas e nos auto-descobrir como seres humanos.
A internet vem como uma resposta a tudo que precisamos para atender nossas necessidades de forma rápida e segura, onde o outro passa a não ter corpo físico ou sentimentos reais, se transformando em uma espécie de "mercadoria" ou uma ideologia - de príncipe encantado - que nos mesmos criamos do "ser perfeito", que satisfaz nossas necessidades por um certo tempo, sem perigos reais, sem conflitos com nossas famílias e principalmente sem precisarmos nos encarar e lidar com nossas imperfeições.
As revistas e a televisão criam perfis irreais de personalidade e beleza, masculina e feminina que inferiorizam todos aqueles que não se enquadram neles.
Ai é que entra a internet, onde qualquer um tem a chance de se apresentar dentro dos melhores padrões, por ser um meio de comunicação de dados, estes podem ser editados, para melhor nos enquadrar em perfis idealizados de nos mesmos ou do que achamos que deveríamos ser para atrair alguém.
Quando nos escrevemos em sites de relacionamentos, criamos um perfil que melhor nos "venda", chamando a atenção do maior número de pessoas, procuramos assim agradar à possíveis consumidores com fotos photoshopadas, aumentando em alguns centímetros nossa altura e diminuímos nosso peso. Somos "não afeminados" e "não curtimos afeminados" isso porque a maioria das pessoas que se relacionam virtualmente possue vida dupla e não podem ser vistas na rua do lado de um homossexual espalhafatoso. Também preferimos dizer que somos "versáteis" ou "ativos" por serem os perfis mais procurados em pesquisas. E também não podemos nos esquecer de dizer que estamos a procura de um "relacionamento sério" para mostrar que temos bom caráter e as melhores das intenções.
Por muitas vezes só desejamos um encontro físico para suprir nossas necessidades homossexuais e voltarmos à nossa vida "assexuada" ou "heterossexual" novamente. Menores de idade recorrem muito a esse tipo de "ferramenta" por motivos óbvios, medo dos pais descobrirem sua sexualidade, buscando na maioria das vezes parceiros mais velhos - por favor não confundam isso como uma pedofilia as avessas, mas assim como meninos de 12 anos se masturbam para as capas da playboy, mulheres mais velhas, meninos de 12 anos se masturbam pensando em homens mais velhos. E acabam por muitas vezes se envolvendo de forma "real" com pessoas que só buscam sexo e acabam mentindo para esses meninos - dizendo amá-los e querer ter uma vida com eles agredindo seus sentimentos ou até mesmo fisicamente - nos piores casos.
A dificuldade de encontrar e conquistar alguém no mundo real só aumenta o número de perfis criados em sites de relacionamentos, precisamos entender que a felicidade que buscamos nos outros tem prazo de validade e que só somos felizes com nós mesmos quando nos aceitamos e nos entendemos como seres humanos, e essa "felicidade simples" irradia atraindo os olhares de admiração das outras pessoas onde quer que vamos.

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