quinta-feira, 20 de maio de 2010

Primeira Marcha Nacional contra a Homofobia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá assinar ainda neste mês um decreto criando o Dia Nacional de Combate à Homofobia, a ser instituído no dia 17 de maio. O Dia de Combate à Homofobia foi proposto pelo porta-voz do Conselho Representativo das Associações Negras (Cran) da França, Louis-Georges Tin, em 2005. A data foi escolhida porque no dia 17 de maio de 1990 a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da sua lista de doenças mentais.
Ontem em Brasília, para comemorar a data, foi realizada a Primeira Marcha Nacional contra a Homofobia, segue o vídeo:


Sobre os direito aos homossexuais, coloco a fala do próprio presidente Lula em uma entrevista ao programa "3 a 1", ainda em 2009.


Durante a Marcha contra a Homofobia, a equipe do Pânico na Tv foi impedida de fazer suas gravações pelos próprios manifestantes, segundo eles, aquilo não era uma parada gay e sim um movimento político GLBT, e por isso deveria ser levado a sério. Porque a Redetv não enviou uma equipe de jornalismo também? Eles questinavam.

Eu assisto o programa Pânico regularmente e até simpatizo com os "gay-clowns" do programa, mas não posso deixar de concordar que o argumento dos manifestantes é muito forte. Porque apenas o programa humorístico da Redetv foi enviado para o local? Direitos homossexuais pro acaso são vistos pela emissora como motivo de gozação e chacota? Sem relevância jornalística? E onde estavam as outras emissoras de televisão?
Quero aproveitar até para criticar aqui as matérias jornalísticas que começaram seus textos com "muito brilho e produções caprichadas" e escolheram apenas as imagens de manifestantes "drags e travestis". Como se todos os homossexuais usassem brilho e se montassem para sair de casa.

A organização da marcha está de parabéns pela seriedade com ela foi feita, sem carnaval. Acho também que esse tipo de manifestação é para ser encarada pelos LGBT's de "cara limpa". Uma forma de mostrar que não somos alegorias carnavalescas, não estamos ali para desfilar ou divertir o público, mas sim colocar em foco o que reivindicamos, nossos direitos! Não é momento para frescuras, um assunto sério requer uma postura de seriedade. Vamos deixar as roupas provocantes, vestidos brilhosos, danças sensuais e comportamentos descontraídos nas, já tradicionais, paradas gays.

Nenhum comentário:

Postar um comentário